quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Poema Classificado XIX



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Queda

Calcar na rocha a rubrica da dor
tatuar no sangue espesso
cristalizar signos
da cruz de todo o dia.

Pictografar a pele
na tortura do voo revés
desguarnecido das asas
com que sonhei-me anjo
ou pássaro...

Tanto mais a vida me reflui
mais me infinito em paradoxos.
Assimilo-me às pedras e perdas
faço-me montanhas. Túmulos...

No desamparo da queda
apeado de asas
em múltiplas âncoras
álibis ou habeas-corpus tão inúteis.



O voo se desata no chão.

http://autoressa.blogspot.com.br/2014/10/notas-comentarios-e-classificacao-da.html

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