domingo, 18 de janeiro de 2015

Amigos que Escrevem - VI

fonte: facebook da autora
AH ESSE DIA
Esse dia tão quente
e eu estou aqui a pensar na gente,
à pensar nos seus lábios
Tocando nos meus,
à pensar no que será
que acontecerá, 
quando minha boca te beija.
Esse dia tão quente
me faz ser vidente, 
em saber tudo o que você sente, 
ao pensar na gente
mas será verdade ou mentira?
afinal, você sempre mente.
Esse dia tão quente
me faz lembrar da verdade
que no seu coração não há maldade
que tudo que me disse é real
afinal, tudo aconteceu tão natural.
Foi em uma conversa divertida
e foi entre uma risada e outra
que me disse
que eu era tão querida
que eu era a sua preferida.
Esse dia tão quente
me faz pensar em você
pensar no que eu vou fazer
quando te encontrar, 
que palavras vou dizer
ou simplesmente chegar,
e sem dizer nenhuma palavra, 
um beijo na sua linda boca carnuda eu dar.
E como você vai reagir? 
Ah isso eu não sei ainda mas, 
a resposta logo em breve eu terei
de uma coisa eu tenho certeza
sem o seu beijo eu não ficarei. 
Me aguarde.
Camila Gomes - nasceu em Londrina, em 1989.  Sempre se dedicou ao desenho e poesia.  Participou do 28º Festival Poético de Cornélio Procópio (PR), fez curso pelo Prêmio Itaú Unicef (2012 e 2013) e desenhou a capa do livro "Cultura: caminhos para uma cidade mais democrática e acessível", de Aldo Moraes (Clube de Autores/2012). Publicou no jornal Club Poético/PR (2012), na revista literária Varal do Brasil (2013); Olaria das Letras (2014) e nos sites Recanto das Letras e Arte Brasil.  Ficou em 8º lugar no Concurso Nacional de Poesias Zé Mitoca (2013); foi classificada no II Prêmio Nacional Licinho Campos de Poesias de Amor e no 29º Festival Poético de Cornélio Procópio (PR). Recebeu Diploma de destaque no XIV Concurso de poesia Agostinho Gomes, em Portugal (2013). Sétimo lugar no Concurso Internacional de Poesia (Academia Giraldo/SP) em novembro de 2014.

Resgatando Premiações Antigas I


foto do autor

O meu poema CONFLITO  foi classificado para a antologia BIG TIMES EDITORA - VOL. 2 - em 26 de junho de 2012 (meu aniversário de 44 anos), conforme o link a seguir:

http://bigtimeeditora.blogspot.com.br/2012/06/livro-de-poesias-volume-2-selecionados.html 


Conflito

Na sombra do que fui
sou menos ave
mais atiradeira
todo pedra. De pedra...
Do ser que fui
sou menos eu
mais você
todo ninguém. De ninguém...
Do ser que nunca serei.
Ave no alvo, pedra na atiradeira,
eu, subtraído de ninguém
não serei, nunca serei...


Sereia!


Poema Classificado XXVII


fonte: www.adventurezone.com.br  

Alicerces Suspeitos

De pisar o absurdo
meus pés andam calados
preso às alpercatas
rotas, arrochadas do destino.

Errático por caminhos
que outras línguas palmilharam
vou desbravando rochas em rotas
trespassadas de antigos sangues.

Orbitados ainda, meus dias iguais,
de palavras vis que em vão
alcei à lua num canto-uivo
de último cão danado.

Serão delas a matéria pútrida
com que calcarei meus alicerces
mais suspeitos,
tão movediços os caminhos.

Sólidas somente as culpas

em trilhá-los nu à luz da vida.

Classificado para a Revista Entreverbo - Edição XIV - Canoas (RS) - janeiro/2015

Poema Classificado XXVI


fonte: melkmesquita.blogspot.com

Luciferianas

Tuas asas foi que perdi e o amor
quando de adeuses, te fizeste estação
do longe, longe, longes!

Tão doído desaprender a voar
em tuas mãos vazias
de mim e de sonhos.

Num passo bêbado

caí degraus, rolei no ar.

Classificado para a antologia "Amor em Sol Maior - Poesias - Edição Especial 2015" - Câmara Brasileira dos Jovens Escritores (CBJE) - Rio de Janeiro (RJ) - janeiro/2015

Poema Classificado XXV


fonte: cronologiadassecas.openbrasil.org

Seca

Nas navalhas de macaco
o vento faz a barba do sol
debruando em brilhos o riachinho
que espreguiça fino em afluentes secos.
O anzol fere o espelho d’água rasa
colhendo piabas, cambebas
em matas de algas e pedras.

Do fundo da floresta
a noite conversa comigo
numa fala-flauta de cachorro ferido.
Nos grotões, e brenhas, e brejos
campeiam caçadores de estrelas
perdidas em nuvens- tempestade.

Sabiás assoviam sermões
suplicando setembros e chuvas
se a Primavera demora em epifanias
nos galhos secos, cortantes
que os ventos de agosto

desnudaram, despudoradamente. 

Classificado para a Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos  - 122 - Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) - Rio de Janeiro (RJ) - janeiro/2015

domingo, 11 de janeiro de 2015

Poema dos 47 anos - V


Fonte: sardaniscar.blogspot.com

Se te Ausentas

Meus meros olhos cegos
Das poeiras e da vida, esmeram em ver
Se te não enxergam. Tão inúteis!

Se nãos são dos teus azuis
Como o céu de que te originas.
Pois de lá é que os anjos provêm.

Minhas mãos o que tocarão?
Apenas vazio
Se te fazes ausente.


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Trajetória Literária I


Fonte: tripstapix.com

"Autores Estrelados"

A partir das edições de agosto/2009, a CBJE passou a identificar alguns autores nas listas dos autores selecionados para cada antologia, com dois tipos de estrelas:

Uma estrela dourada - identifica os autores cujas obras publicadas já alcançaram a marca de 50.000 leituras nas antologias on line.

Eu consegui a estrela dourada a partir de dezembro de 2014, conforme atesta o link abaixo:

www.camarabarsileira.com/autoresestrelados.htm 

Poema Classificado XXIV


Fonte: 1.blog.djmatioca.com 

Indecifrável

Rascunho-me, o mesmo, todos os dias
na vã tentativa de sobreviver às quedas
e dar vida ao projeto
que  me redigiram – Deus e destino –
num roteiro de dramas
e tramas cômicas.

Analfabeto de viver
escrevo-me, indecifrável.

De mãos atadas e impróprias
ao desenho e traços

esboço-me em humanóide.

Classificado para a antologia Poemas Descalços na Noite Serena - Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) - Rio de Janeiro (RJ) - dezembro/2014.

Poema Classificado XXIII


Fonte: ruralcentro.uol.com.br 

Mãe-d’Água

O céu anoiteceu de lua
gorda, grande, redondosa
destas de enlouquecer
cachorros e namorados,
de tão grávida de luz.

Estradas brilham.
Brilham rios e ribeiras
ladeados de pescadores
que sonham Iaras, entre barrancos.

Meu amor enlaçou-me
em tarrafas e feitiços de carinhos,
ando assim, tão lambari,
mergulhado em seu leito
de linhos, lycras e chitas.

Peixe preso no aquário

de suas ancas, navego-lhe.

Classificado para a Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - 121 - Câmara Brasileira dos Jovens Escritores (CBJE) - Rio de Janeiro (RJ) - dezembro/2014.