Foto: Flores de Cacto (do autor)
(Tema: Mulheres de Chico)
À Rita, com Amor
É pra lá, além, que navegam meus pensamentos,
amor em estado gasoso,
desde que fluidificaste em saudade
virada em assombração boa e sumiste na chaminé das
noites
em estradas de estrelas apagadas.
Firo-me e me refiro nos muros que a ausência tua
planta nos quintais de minha vida.
Choco-me, ave tonta, contra eles
arrebento-me de peito e alma em estilhaços de
saudade.
Porém redimo-te pela dor do meu sexo e violão
jejunos,
meu canto inconcluso, o disco do Noel
e a vida plena de sua ausência.
Só não lhe perdoo a tortura de frases ditas
sem serem jamais pronunciadas ou sequer ouvidas,
perdidas nos anos que mos levaste, deixando-me só.
David Cohen: O poema poderia ter maior intertextualidade com a música de Chico. Os versos muito longos comprometeram o ritmo do poema.
NOTA: 6
Rodrigo Domit: Os pronomes e tempos verbais estão me incomodando como uma colher no compartimento dos garfos incomoda alguém com TOC - Eis aqui um atestado de minha subjetividade de julgamento. Os “te”, “me”, “lhe”, “aste”, “este” me dificultaram a leitura. Tem imagens interessantes, mas acho que uma boa lapidação nos (meus) transtornos poderia tornar esta obra mais ritmada e convidativa à leitura.
NOTA: 7,9
Paulo Fodra: Tirando a breve citação ao disco de Noel, é muito difícil identificar aqui a Rita de Chico. Talvez por isso tenha ficado com a impressão de que as imagens não “decolam” ao longo do poema.
NOTA: 8,5
http://autoressa.blogspot.com.br/2014/11/resultados-das-oitavas-de-final-e.html
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