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Panaceia
Cuidar que se mantenha acesa
a chama,
fazer brotar, da bruta pedra,
a flor
e em se iludindo, se esquivar
da dor,
é este o desafio inglório de
quem ama.
O coração, de amor, tanto se
inflama,
que nos cremos cativos deste
horror, e
nesta confusão se chega a
supor
ter presa, a vida, nas mãos
de quem se ama.
Mas o amor (veneno) se faz
alento
balsâmico lenitivo e tônico
suavizante para todo o
tormento.
E não existe mal agudo ou
crônico
de que o amor atuando como unguento
não suavize num espírito agônico.
Classificado para a antologia do "IV Concurso Literário Internacional Buritis Cronicontos - 2011" - Santos (SP)
http://concursoburiticronicontos.blogspot.com.br/2011/11/resultado-premio-buriti-2011.html
Enganar-se ou fugir da dor, é um desafio ignorado para quem ama. Com o coração cheio de amor, nos tornamos prisioneiros. Mas este doce veneno, que nos alimenta, que exala perfume, que suaviza, e nos revigora atenua todo sofrimento. Não existe mal sutil ou frequente onde o amor agindo como essência, não fique ainda mais suave num espírito ansioso. O próprio título traduz este belíssimo poema. "Panaceia" A deusa da cura.
ResponderExcluirDisse tudo o que havia para dizer, Vera Buosi. Obrigado pelo carinho de suas visitas.
ResponderExcluirSempre prazeroso passar para uma leitura.
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