quinta-feira, 4 de junho de 2015

Resgatando Premiações Antigas II



Fonte: www.flickr.com

Panaceia

Cuidar que se mantenha acesa a chama,
fazer brotar, da bruta pedra, a flor
e em se iludindo, se esquivar da dor,
é este o desafio inglório de quem ama.

O coração, de amor, tanto se inflama,
que nos cremos cativos deste horror, e
nesta confusão se chega a supor
ter presa, a vida, nas mãos de quem se ama.

Mas o amor (veneno) se faz alento
balsâmico lenitivo e tônico
suavizante para todo o tormento.

E não existe mal agudo ou crônico
de que o amor atuando como unguento
não suavize num espírito agônico.


Classificado para a antologia do "IV Concurso Literário Internacional Buritis Cronicontos - 2011" - Santos (SP)

http://concursoburiticronicontos.blogspot.com.br/2011/11/resultado-premio-buriti-2011.html 


3 comentários:

  1. Enganar-se ou fugir da dor, é um desafio ignorado para quem ama. Com o coração cheio de amor, nos tornamos prisioneiros. Mas este doce veneno, que nos alimenta, que exala perfume, que suaviza, e nos revigora atenua todo sofrimento. Não existe mal sutil ou frequente onde o amor agindo como essência, não fique ainda mais suave num espírito ansioso. O próprio título traduz este belíssimo poema. "Panaceia" A deusa da cura.

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  2. Disse tudo o que havia para dizer, Vera Buosi. Obrigado pelo carinho de suas visitas.

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  3. Sempre prazeroso passar para uma leitura.

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