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Queda
Calcar na rocha a rubrica da dor
tatuar no sangue espesso
cristalizar signos
da cruz de todo o dia.
Pictografar a pele
na tortura do voo revés
desguarnecido das asas
com que sonhei-me anjo
ou pássaro...
Tanto mais a vida me reflui
mais me infinito em paradoxos.
Assimilo-me às pedras e perdas
faço-me montanhas. Túmulos...
No desamparo da queda
apeado de asas
em múltiplas âncoras
álibis ou habeas-corpus tão inúteis.
O voo se desata no chão.
O meu poema QUEDA foi publicado na página 23 da revista ESCRITORES - número 249 - Ano XXII - fevereiro/2016, do Clube de Escritores de Piracicaba (SP).
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