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Restituição
De leis imutáveis que se
compõe a vida
em que a dor e o tormento
geram mais tormento e
é para o mar que a água faz
sua investida,
cesteiro que tece um cesto tece um cento.
Embora, no lodo, o lírio
venha à vida,
não brotará em nenhum momento
numa alma inumana, cruel e
ressequida.
Cesteiro que tece um cesto tece um cento.
Sequer viverá em paz ou terá
guarida,
quem concebe o caos e gera o
sofrimento.
A restituição em sua justa
medida:
cesteiro que tece um cesto tece um cento.
Jamais se receberá soma
indevida
das mãos de Deus no divinal
julgamento,
não se há de querer a paga
imerecida.
Cesteiro que tece um cesto tece um cento.
Esta é a suprema lei que
norteia a vida:
a cada um conforme seu
merecimento.
Verdade divina, jamais
corrompida.
Cesteiro que tece um cesto tece um cento.
Classificado para a antologia "Livro de Ouro da Poesia Contemporânea - Edição Especial - 2015 - Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE)" - maio/2015