domingo, 31 de janeiro de 2016

Poemas Publicados 2016 - Blog "E DAÍ?"


Fonte: novidadediaria.com.br

Sofisma

Canto aos quatro ventos
a fictícia história de um homem
normal, de meia idade
e, à cada dia, aperto mais
os parafusos que me sutem a máscara.

Atuo com maestria de canastrão
na comédia cotidiana
brandindo falsa felicidade
aos olhos vazios
da plateia de marionetes.


O meu poema SOFISMA  foi publicado em 27 de janeiro de 2016.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Poemas Publicados 2016 - Revista ESCRITORES - 248 - Ano XXII - Janeiro/2016


Fonte: caudalonga.com

Quebranto

Seus olhos
os olhos meus...
Renderam-se em alumbramentos
num átimo, corrente de vento,
com sabor de azul piscina
e o cheiro de pores-do-sol.

Mas veio o ciúme
o quebranto
mau-olhado nos olhos meus
e o azul brando do vento
virou vermelho descontentamento
em meus olhos
nos olhos seus...

E o gosto insalubre do pranto
rolando num pós encanto
num fastio-inanição
cobriu de breu, no meu peito,
os meus olhos
os olhos seus...
e os olhos do meu coração!

O meu poema QUEBRANTO foi publicado na página 22 da revista ESCRITORES - número 248 - Ano XXII - Janeiro/2016, do Clube de Escritores de Piracicaba (SP).

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Meus Poemas Preferidos - XVI


Fonte: fanzinecdz.blogspot.com

Apelo à Morte

Sob a Égide da Cruz
Zeus destronado já não mais pode
Provocar os vômitos de Cronos,
E o nosso destino é ser lentamente devorados!
...esperança não há!

Quisera a sorte de Diomedes
e ser estraçalhado nos dentes
Das putas devoradoras de homens,
Mas só me resta a lápide,
O cortejo e a perene condenação!
...salvação não há!

De águas estancadas, Lete não banha
E para as sujas sombras dos mortos
Somente o repaginado reino de Hades
Num inferno de fogo.
...esquecimento não há!

As algemadas Moiras não me tecem sequer um fio
E nos meus bolsos pobres
Não tilintam moedas para o barqueiro,
Reinam absolutos Momo e Oizus
E nosso único quinhão possível é zombaria e miséria...
...vida não há!

* Poema de uma das fases do II Concurso Autores S/A, cujo tema era Mitologia. Eu sou fascinado pela mitologia grega.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Poemas Publicados (2016) - Jornal Letras Santiaguenses - I


Primeira página do jornal LETRAS SANTIAGUENSES - Ano 20 - Número 120 - novembro/dezembro 2015 - Santiago (RS) - com a publicação de meu poema LEMBRANÇAS DO CATIVEIRO - página 06, coluna 04.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Homenagem da Câmara Municipal de Conceição do Mato Dentro (MG) - I



O texto é o seguinte:

"Câmara Municipal de Conceição do Mato Dentro
Ofício n. 042/2002
Gab. Presidência
Em 26 de junho de 2002

Prezado Senhor,

Por decisão unânime do seu Plenário, esta Casa aprovou por unanimidade de dez votos, a Moção de Congratulação de autoria do Vereador Luiz Cláudio Vicente de Lima, pela Premiação da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, ocasião em que foi agraciado com a medalha alusiva a classificação no Concurso de Contos "Prêmio José Afrânio Duarte".

Sem mais para o momento,

Atenciosamente,

(a)Mozart Soares de Paula
Vereador- Presidente"

Poemas Classificados - XLVII


Fonte: Michele.dogslife.blogspot.com

Quereres

Quero a abnegação de um Abgar Renault
e seu caderninho de anotações,
quero um Renoir, Rodan
a malícia de um Sargento de Milícias.
que Auguste Comte conte
contos de Malba Tahan
ou cante, e nos encante, cantigas de roda
para que Rodan dance... Creedance.
Quero, num coral, Cora Coralina
a cantar o ponto do Caboclo Cobra Coral.
Pois somos todos flagelados
da seca, da chuva
favelados no cerco da polícia
nem sempre culpados
a mais das vezes inocentes,
flanelinhas cercando motoristas.

Quero Federico Fellini a filmar
a fuga de um felino
um leão de Serra Leoa.
Quero o Capital sob a capa
de Karl Marx marcando preços
num mall de Miami
ou num mercadinho de Marabá.
Quero Nina Hagen cantando
cantigas para ninar Nana Caymi
"Nana nenê que a cuca vem pegar".

Quero colheireiros, coleirinhas, colibris
galo do campo, canário da terra
frango d'água, saracuras, sabiás... saca rolhas.
Quero cantar com os talibãs,
nos teatros de Cabul,tocar timbau
numa timbalada afegã... ofegando.
Quero Emile Zola comendo com Zapata
sarapatel com angu à bahiana,
Quero ver na roda da fortuna
reis, damas, valetes, ases.
Quero um quero-quero
alegrando-me o quintal.

1) SEGUNDO LUGAR - III Prêmio Artez de Poesias - São Paulo (SP) - novembro/2002;

2)TERCEIRO LUGAR - IX Concurso Nacional de Poesias  - Prêmio Anilda Leão - Jornal Notas Literárias - Maceió (AL) - novembro/2002.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Poemas de 2016 - IV


Fonte: grupoelron.org

Na Sala de Estar da Mente

A chuva arremessa o frio
pelas frestas de minh'alma entreaberta.

Na poltrona, a ilusão, de lareira e lupa,
atiçando o fogo fátuo
com dedos torpes e míopes.
Se não diviso sua cara, a sinto.

Da cadeira de rodas, acena-me o tempo
mãos macérrimas desfolham-me
biografia e lembranças
e as atira ao limbo e cinzas.
Reescrevendo-me em letras coaguladas.

Não importa se quem pede clemência é o coração,
a razão, sob os óculos, acusa
seus braços rijos me alcançam.
Julga, condena a não-ser.

Lá fora, a chuva cai...

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Poemas Classificados (2016) - I


Fonte: em.com.br

Amargo Rio Doce

Rio acima desovo-me
fluido fujo da foz
evitando aMAR.
Águas mortas
em linhas tortas
sólidos liquefazem no ar.
(Partículas em suspeição).

Rio suspeito
em meu leito
de sublevação.
Peixe fátuo, fresco, frito
água furtada, fonte aflita
torrente de monção.
(Água turva insurreta).

Pousa em graça
pouso de graça
bicos longilíneos, des-caminhar.
Correnteza, cabeceira
leito seco, peito seco, corre seco
a caminho do aMAR.
(Movem-me moinhos, aguarrás).

Classificado para a revista GENTE DE PALAVRA - 40 (janeiro/2016), de Porto Alegre (RS)  em 11/1/16.

Trajetória Literária (2016) I


Fonte:  https://www.facebook.com/gentedepalavramicroeditora/?fref=photo

Acabo de saber que o meu poema "AMARGO RIO DOCE" foi classificado para a Revista GENTE DE PALAVRA - 40 (Janeiro/2016), de Porto Alegre (RS), conforme e-mail de 11/1/16, 9h57'. Para entrar de pé direito no novo ano.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Poemas de 2016 - III



Fonte: Blogpsicologos.com.br

Vazio

Quimeras não morrem
apodrecem nos ossos da alma.
Seres sem sonhos
fedem a sarcófagos
e são incolores.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Poemas de 2016 - II


Fonte: digiforum. com.br

Acasalamento

Meu bem, com olhos de sanhaço na muda,
desancou-me. Deixou-me assim tão "ai"
que nidifiquei-me de amores.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Poemas Classificados - XLVI


Fonte: Pinterest.com

Babel

Em tua boca
idiomo beijos bilíngues.

Poligloto
em teu corpo.

Classificado para o livro DIARIO DE ESCRITOR - 2016 da LITTERIS EDITORA (Rio de Janeiro - RJ).

Poemas de 2016 - I


Fonte: fanpop.com

Inverno

Nas douradas dobras das tardes
sem nuvens por perto
o sol consome os vermelhos dos morros.

_Capaz que esfria!