terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Meus Poemas Preferidos - XVI


Fonte: fanzinecdz.blogspot.com

Apelo à Morte

Sob a Égide da Cruz
Zeus destronado já não mais pode
Provocar os vômitos de Cronos,
E o nosso destino é ser lentamente devorados!
...esperança não há!

Quisera a sorte de Diomedes
e ser estraçalhado nos dentes
Das putas devoradoras de homens,
Mas só me resta a lápide,
O cortejo e a perene condenação!
...salvação não há!

De águas estancadas, Lete não banha
E para as sujas sombras dos mortos
Somente o repaginado reino de Hades
Num inferno de fogo.
...esquecimento não há!

As algemadas Moiras não me tecem sequer um fio
E nos meus bolsos pobres
Não tilintam moedas para o barqueiro,
Reinam absolutos Momo e Oizus
E nosso único quinhão possível é zombaria e miséria...
...vida não há!

* Poema de uma das fases do II Concurso Autores S/A, cujo tema era Mitologia. Eu sou fascinado pela mitologia grega.

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