Suicida
Tocar a mão do vento
e na reverência ao abismo
contemplar a sólida superfície do nada.
Rebrilhar nos olhos fechados
a insondável solidão
do gozar a dor de cada dia.
Flutuar o interior da pedra
navegando o magma essencial.
na rota da erraticidade, abandonar-se.
Empalar o coração em tributo
à liberdade total e absoluta
de dizer sim à vida que sobeja
em dor.
Classificado para a antologia AMOR E SEUS PREDICADOS - Litteris Editora - Rio de Janeiro (RJ) - 22/12/16.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.