quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Poema Classificado - 2016 (Número 374 - Ano III)


Suicida

Tocar a mão do vento
e na reverência ao abismo
contemplar a sólida superfície do nada.

Rebrilhar nos olhos fechados
a insondável solidão
do gozar a dor de cada dia.

Flutuar o interior da pedra
navegando o magma essencial.
na rota da erraticidade, abandonar-se.

Empalar o coração em tributo
à liberdade total e absoluta
de dizer sim à vida que sobeja
em dor.

Classificado para a antologia AMOR E SEUS PREDICADOS - Litteris Editora - Rio de Janeiro (RJ) - 22/12/16.

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