terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Poema Classificado XXIII


Fonte: ruralcentro.uol.com.br 

Mãe-d’Água

O céu anoiteceu de lua
gorda, grande, redondosa
destas de enlouquecer
cachorros e namorados,
de tão grávida de luz.

Estradas brilham.
Brilham rios e ribeiras
ladeados de pescadores
que sonham Iaras, entre barrancos.

Meu amor enlaçou-me
em tarrafas e feitiços de carinhos,
ando assim, tão lambari,
mergulhado em seu leito
de linhos, lycras e chitas.

Peixe preso no aquário

de suas ancas, navego-lhe.

Classificado para a Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - 121 - Câmara Brasileira dos Jovens Escritores (CBJE) - Rio de Janeiro (RJ) - dezembro/2014.

3 comentários:

  1. São versos que pairam nas insinuações e mistérios do amor.

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  2. Obrigado, Vera Buosi. Você me encanta pelo seu carinho.

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  3. A lua cheia, sempre aliada dos amantes ! lindo poema !

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