fonte: www.adventurezone.com.br
Alicerces
Suspeitos
De pisar o absurdo
meus pés andam calados
preso às alpercatas
rotas, arrochadas do destino.
Errático por caminhos
que outras línguas palmilharam
vou desbravando rochas em rotas
trespassadas de antigos sangues.
Orbitados ainda, meus dias iguais,
de palavras vis que em vão
alcei à lua num canto-uivo
de último cão danado.
Serão delas a matéria pútrida
com que calcarei meus alicerces
mais suspeitos,
tão movediços os caminhos.
Sólidas somente as culpas
em trilhá-los nu à luz da vida.
Classificado para a Revista Entreverbo - Edição XIV - Canoas (RS) - janeiro/2015
Lindo esse poema
ResponderExcluirObrigado, Lourdes Monteiro, pela presença e palavras gentis.
ResponderExcluirFantástico poema. A vida sempre nos impulsiona a vôos elevados, ainda que tenhamos de enfrentar, por algumas vezes, as amargas decepções.Para alçar vôos mais altos é preciso possuir asas grandes e corpo leve, o corpoé a consciência e as asas humildade.
ResponderExcluirObrigado, Vera Buosi. Abraços.
ResponderExcluirO destino, aquele que nos prega peças, que nos poe a prova, até quando? Um abraço.
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