Fonte: facopinturinhas.blogspot.com
Sólidos
No tempo das’águas, no em antes, do ano passado
andei quase a virar passarinho.
Um átimo da minha vocação
de borboleta ou morcego foi que faltou.
Desvoei!
Mas meu medo de menino,
medo ancestral da queda, amoleceu-me.
Desdesenhadas
minhas
asas tortas
recolhi as penas e a pena.
Despoetei-me!
Arrasto-me lagarto desde então.
Encaramujei
minhas vontades
e liberdades receosas. Parado no ar
caindo de pedra e chumbo,
Gravitacionei.
Que bom poder acessar seu blog, e encontrar nele tão linda poesia, até parece uma homenagem ao tão sofrido povo catarinense, que se encontra a ponto de criar asas.
ResponderExcluirum abraço.
Eu gosto muito deste poema. E olhe que eu tenho enorme autocrítica. Mas, esse o considero belo. Abraços, Neli.
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