Flor silvestre. Foto: Francisco Ferreira.
Poeta
Concebo-me ser inteiro
em
única palavra
dita
ao relento
um
beco escuro e frio.
Nasço de tua voz
em
evocação às sombras
de
árvores despidas
grafitadas
nos muros sujos
da
cidade invernosa.
Cresço se praguejas à sorte
à
sina, ao destino, à falta
que o
acalento faz
em tua
alma assustada
de
menina travessa.
Vivo em tua poesia gauche
quebrada,
aviltada em letras
inelegíveis
das fachadas
de
teus edifícios sonho.
Matam-me porém as letras frias
de
palavras sem vida do matutino
que
envolve o corpo morto
que
atravanca o trânsito.
Publicado em LETRAS TAQUARENSES Ano XII nº 74
Jun/Jul 2017Editor: Antônio Cabral Filho – RJ – pag.03 col. 01 e 02, em 21/6/17.
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