Fonte: globoesporte.globo.com
Na Lateral Esquerda da Vida
E agora João?
O Mané já passou,
já driblou o goleiro...
Levanta, João! Reage
contigo todos somos
joões! Somos barro...
E agora João?
Teus cavalos calados,
o palácio ocupado
nem a Dinda restou.
Mas João não levanta
a vida foi tanta
que já se acabou.
E agora João?
Nem Sara, nem mica
seu poema esgotou.
E agora João?
Você que é sem vida,
sem faixa ou palácio,
a bola perdida,
a partida,
o poema, o põem, o pó...
João?!? Acabou...
De alguma forma, somos João.
ResponderExcluirBoa noite, Neli. O Garrincha era tão equidistante de seus marcadores (como jogador de futebol) que os chamava a todos de João. Na história, houve muitos Joões (Sexto, Figueiredo e etc) e eu participei de um concurso literário (com fases eliminatórias) com o pseudônimo de João Saramica (personagem folclórica de minha cidade). Quando fui eliminado (fiquei em oitavo lugar) escrevi este poema retratando as dores e fastios de todos os joões, medíocres como os laterias esquerdos diante de Mané Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas,
ExcluirEu adoro este poema, mas um bom poema é aquele que é entendido aqui e alhures, na China e em Conchinchina. Na Lua e em Marte... Um poema de verdade não precisa (como este) de explicações.
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