Fotos: Francisco Ferreira.
Desalento
No teu leito de esgoto
fluxo fétido e constante, é raro alterar-se
em tuas margens, fluxos outros
correm céleres, desaceleram... até parar.
Buzinas marginais
rascam imundícies íntimas
acordando fantasmas de peixes
assustando ratos.
Desce lento, rio morto
rio esgoto e sem portos
trilha sertão-via-mar.
Em afluentes te purificas
oxigenando-te o vagar.
Vargens, pontes, vagalumes
até as vagas do mar.
Vai-te embora Doce, Manso
Velho Chico, Paraopeba...
Vai-te embora te lavar.
Participação no II SARAU DO
MATO A DENTRO, com o poema DESALENTO, em 14/10/17.
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