domingo, 1 de novembro de 2015

Poema Classificado XXXIX


Fonte:www.fundacc.com.br

Viagem Fantástica ao País dos Sentidos

Como em árvore ferida
o suor brotando como seiva.
Como seiva, o sangue a agitar nas veias.
O destilar da seiva da vida em sua entranhas.

Suores, odores e perfumes
misturando-se unos, no duo.
Reinventando mágicas poções de amor
no mágico balouçar de seus quadris.
Daí adormecer, a paz distante,
embalado no canto destoante
do Cisne Negro em êxtase.

Cavalgar teu seio ardente
ouvir no teu gozo o canto da sereia
em naufragar voluntário
do mar revolto de tuas coxas.

Calar num beijo a explosão do choro
reprimir, sob o meu corpo,
teu vulcão ativo de entrar em erupção.
Cravar meus dentes em seu pescoço
e, como vampiro, sugar teu suor
até, saciado, despencar
dos montes íngremes de teus seios,
sem morrer na queda.

Apenas adormecer ao teu lado
e sonhar contigo um sonho bom
em que percorra, incólume, 
a estrada de tijolos amarelos,
para no fim da jornada
entrar triunfante em teu coração
e dele me apossar como senhor absoluto.


Poema premiado em 7 concursos literários entre 2002 e 2004, com destaque para: "Menção Honrosa - IV Concurso Newton Braga de Poesias - Academia Cachoeirense de Letras - Cachoeiro do Itapemirim (ES) - agosto/2002. 

3 comentários:

  1. Lindo seu poema, se já não é sua linha de pensar, valeu pela lembrança dos tempos que foram.

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    1. Boa noite, Neli. Sim, meu estilo é outro hoje (não sei se melhor), fruto da minha maturidade tanto como homem, quanto como poeta.Mas este poema me rendeu muitas alegrias e a principal delas: abriu-me as portas para a Academia Cachoeirense de Letras (primeira) de que me orgulho muito. Obrigado.

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  2. Lindo poema. Intenso. Gerou para você, tanto como homem e como poeta, lembranças para todos os amanhãs.

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