segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Meus Sonetos V


Fonte: minhadosedevoce.spaceblog.com.br

Obscuridade

Minha vida, em pétalas, se desfez 
feito crisântemo murcho ao poente. 
Minha alma outrora vivaz, tão contente 
jaz perdida ante tua desfaçatez; 

aniquilada em tamanha mesquinhez. 
Tornou-me todo, um ser disperso e ausente; 
sem brilho, apagado, estrela cadente 
perseguindo, em vão, a luz com avidez. 

Eclipsado, um vaga-lume, a vogar 
por entre brumas de saudade hostil. 
Uma alma rota, a mais se desgastar. 

Deixou-me em frangalhos, tua ausência vil 
condenando-me a nas trevas errar: 
um astro infante outrora, hoje senil! 

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigado, Gabrhyel. Difícil ver alguém tão jovem gostar de sonetos. Parabéns! Obrigado!

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  2. A cada instante, descubro um poeta, e, um poema.
    Sempre nos embevecendo com tanta beleza.

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    Respostas
    1. Boa noite, Neli. Seus comentários enchem minha página de beleza e sabedoria e a minha alma de alegria. Obrigado.

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