quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Poema dos 48 Anos - VI


Foto do autor

Luz Artificial

De minha casa-casca de vidro
desfruto da mais perfeita escuridão exterior.
Só eu resplandeço e me revelo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Poema dos 48 Anos - V


Fonte: old.wallcoo.net

Silêncio

Calaram-se para sempre
na queda da última árvore
a motosserra, as aves
e o meu coração.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Trajetória Literária - XXXVII

Fonte: elijardindejudith.blogspot.com

E para encerrar com chave de ouro este profícuo ano de 2015, acabo de receber e-mail da Secretaria da ACADEMIA LUMINESCÊNCIA BRASILEIRA (ALUBRA) com sede em Araraquara (SP), dando-me conta da aprovação de meu nome para compor os quadros daquele Sodalício, posse prevista para 16 de julho de 2016. Eis o conteúdo do aludido correio eletrônico:

"Prezado Francisco Ferreira,
Seja bem vindo a nossa casa para ocupar a cadeira imortal de número 122.
Segue outras informações.

(a) Secretaria"



sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Comentários e Críticas - III


Desenho do Autor

"Frágil somos... os corações também, mas nos fortalecemos quando disso tomamos consciência".  (Edla Princesa)

"Versos delicados e de uma elaboração poética encantada. Adorei, meu querido amigo e Poeta. Parabéns". (Téo Diniz)

"Poema sensível, muito lindo Francisco. Gostei do que li". (Guida)

"Quanto lirismo presente em seu poema ... Adorei!" (Elisângela Bankersen)

"Sincronismo perfeito em seus trocadilhos. Obrigado por me visitar e espero que continues devaneando". (Paulo Vasconcellos)


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Meus Poemas Preferidos - XV


Fonte: sotaoeoporao.blogspot.com.br


Clar(ic)enigma

Seria ousadia em pressupor
que ela (que se propôs indecifrável)
clareasse seus enigmas e minha mente.
Nesta altura das sombras
o campeonato está perdido
e a esfinge já alçou o bote.
Ela não é mais a menina
tímida e esguia tão somente
cultivando estrelas de hora marcada
é o mistério imposto:
“Decifra-me ou te devoro!”
O sol que se lhe reflete (n)a alma
caustifica o bolor de meu raso intelecto
cega-me o olho sem clarear
o mundo e as visões inteligíveis
e impalpáveis que sua pena, de jorros breves,
precisos, pretendeu.
Não lhe alcanço, como aliás,
ela também, por inteiro,
jamais se alcançou, não se decodificando
nem mesmo para si. Se faz mistério!
No intrincado jogo de burlar a vida
e jamais crescer, mestra do disfarce,
fotografa o mundo pelas janelas
de olhos felinos...

sábado, 19 de dezembro de 2015

Trajetória Literária - XXXVI


Fonte: CBJE

Classificado para a antologia "VERSOS ENCHARCADOS DE LÁGRIMAS" da Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) -  Rio de Janeiro (RJ) em 19/12/15 com o poema "SEMANA SANTA".

http://www.camarabrasileira.com.br/versosencharcadosdelagrimas.html

Trajetória Literária - XXXV

Fonte: CBJE

Classificado para a Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 133 - Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE)  - Rio de Janeiro (RJ) em 19/12/15  com o poema "AMARGO RIO DOCE". 

http://www.camarabrasileira.com.br/pc133.html

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Meus Poemas Preferidos - XIV


Fonte: planetaselvagem.com.br

Crotalus

Cascavel encostada no mourão
enrodilhada de cebola
confundida no cipoal
se desvenda no chocalho do bote.

Guiso anuncia-lhe
se veste de Morte
e casaco de folhas "no" embaixo
dos marinheiros cingidos de sombreiros.




quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Trajetória Literária - XXXIV


Placa alusiva a minha classificação em SEGUNDO LUGAR no XIX CONCURSO DE POESIA E PROSA DA ACADEMIA DE LETRAS DE SÃO JOÃO DA VOA VISTA, na categoria Poesia Adulta em setembro de 2011.

Poema dos 48 anos - IV


Fonte: pestclean.com.br


Tédio

Rilha a poesia
que o poetastro arrulha
de fastio, o leitor se entulha.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Comentários e Críticas - III



Fonte: lahistoriaparalela.com.ar

"Os seus poemas fazem com que eu sinta o amor em cada palavra" (Maria Helena Hass Arikawa - A NEGAÇÃO DO AMOR)

"Lindas palavras num gesto de amor ao nosso povo brasileiro. É disso que o nosso país precisa." (Regina Ozarias - AMARGO RIO DOCE)

"Parabéns pelo merecido prêmio. E pelo tão bem elaborado pensamento em prosa e verso." (Sonia Matt - DESILUSÃO DE ÓTICA)

"Lindo poema, intenso. Gerou para você, tanto como homem, quanto como poeta, lembranças para todos os amanhãs." (Vera Buosi - VIAGEM FANTÁSTICA AO PAÍS DOS SENTIDOS)

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Despretensiosas Trovas - II


Fonte: blogdoalvaro.com.br

A vida é feita de instantes,
breves recortes vividos.
Sou, hoje, mais feliz que antes,
por haver lhe conhecido.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Despretensiosas Trovas - I



Fonte: soltaogrito.blogspot.com

Em tempos de ventania
fiz minha cama ao relento,
para ter, por companhia,
o cheiro doce do vento.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Trajetória Literária XXXIII



Fonte: http://academiadeletraseartesdefortaleza.blogspot.com.br/


Convite aos Neoacadêmicos ALAF

Caro Artista, esse convite é para que ingresse no quadro acadêmico da ALAF- FORTALEZA
A posse acontecerá na Cerimônia Magna de Posse a realizar-se no dia 05 de Março de 2015 às 19h - (O local ainda será confirmado, mas, provavelmente acontecerá no clube Náutico).
No evento também será lançado o livro Literarte Celebra o Ceará, onde receberemos textos de moradores do estado, cearenses natos e nossos acadêmicos que escreverem em homenagem ao estado. (Não serão aceitos textos livres de quem não reside ou tenha nascido no Ceará, os convidados de outros estados podem participar, mas deverão escrever em homenagem ao Eetado para composição do livro). Não há custos para essa participação, cada autor recebe 1 exemplar de direitos autorais.

É com muito prazer que realizamos essa linda festa em reconhecimento a você artista, que tem o poder de transformar o mundo com o seu talento. No entanto para o sucesso do mesmo, contamos com a sua presença. Será um prazer reunir os maiores nomes da cultura atual.  Com muita alegria, ficamos no aguardo do seu aceite.
Peço por gentileza que nos acuse recebimento do e-mail.


Angela Peliccone
Presidente ALAF (Biênio 2014/2015)

E-mail recebido em 8/12/15 as 15h24'.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Meus Poemas Preferidos XIII


Fonte: rosaemar.blogspot.com

Sublevação

Aos cintos estranguladores
de libidos e criação
que nos atarraxam
...
 _ gramáticas e sociedades _
elejo o poema-puta
solto, exposto
atentando contra o pudor
em cada rodapé.
Sou poeta cáften
perdulário de palavras alheias
que ele jamais esculpiu

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Comentários e Críticas - II



Comentários ao meu poema AMARGO RIO DOCE, no blog ENTRECONTOS:

"Parabéns Francisco, tem momentos interessantes, embora outros não tenham entusiasmado por tirarem força às tuas palavras!"  (Vitor M C Leite)

"Profundo, com aquela sensação de melancolia bem na superfície dos acontecimentos recentes. Triste e realista, essência de poesias." (Brian Oliveira Lancaster)

http://entrecontos.com/2015/11/22/amargo-rio-doce-poesia-francisco-ferreira/



Meus Poemas Preferidos XII


Fonte: fritahastamorir.blogspot.com

Sofisma

Canto aos quatro ventos
a fictícia história de um homem
normal, de meia idade
e, à cada dia, aperto mais
os parafusos que me sutem a máscara.

Atuo com maestria de canastrão
na comédia cotidiana
brandindo falsa felicidade
aos olhos vazios
da plateia de marionetes.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Amigos que Escrevem XI


Foto da Autora.

Eu agora, eu e a solidão... acordo atordoada, sem entender se é sonho ou realidade... minha cabeça a rodopiar, te procuro você não está, choro, sofro, tudo foi sonho, tudo ilusão. Meu mundo, meu tudo, meu desassossego, onde você está, se há pouco tempo eu estava a te amar...?!
Nessa triste solidão, vivo a te amar, meu coração, minha alma vive a te buscar, eu te encontrar onde menos você está, queria te tirar desses meus devaneios e mais uma vez em teu corpo tocar, te dizer que sem você não sei continuar, mas o que fazer, se eu não te encontro e de mim distante estás, vou vivendo por viver, nesse meu sofrer, um dia ei de te encontrar, não será como nos sonhos, que te beijo, te apego, te sussurros e me entrego, mas ao despertar você não está, será eterno como deve ser, entre dois seres que decidiram se amar,...(Iara Aragão_06_12_2015)

Texto extraído da fan page da poetamiga IARA ARAGÃO, cujo endereço é:

https://www.facebook.com/Iara-Aragão-141860286175609/?ref=profile&pnref=lhc

Poema Classificado XLV

Fonte: Arrecifesdecordeis.zip.net


Cantador, se quiseres cantar; veja que te não aconselho, os tempos são difíceis!
Mas se imperativo for, que cantes aleluias às alegrias da chuva nova
na poeira velha e o cheiro bom do bom barro de telha branco.
Ou o ocre dos ceramistas, o branco das terracotas e o ocre dos santeiros
nos cheiros molhados dos terreiros.
Não é que te queira ensinar o ofício de padre dizer missa (longe de mim)
é que os tempos são de seca, são difíceis.
O mundo está sinistro, digo isto só para parecer mais jovial.
Mas se quiseres calar (veja que não te censuro).
Se acaso, porém insistires, que cante a paz.
As harmonias de abelhas e vespas e formigas em seu fatigar - operárias em construção –
na produção de alimentos e no tornar fronteiras mais seguras.
Vidas mais úteis, vidinhas miúdas...
Ah, cantador, se os governos fossem assim, tão eficientes!
Seríamos formigas maiores e mais úteis, te garanto! E nossas vidas, melhores.
Não que me queira queixar é que a seca destes tempos sombrios
tornou agreste a minha alma e desertificou o meu espírito.
O nosso destino de veredas é alimentar rios.
Se calado, quiseres cantar e depois emudecer, (veja que não te pressiono, nem apresso),
já que, por ti, tenho tanto apreço.
É que nestes tempos secos de dificuldades, cantar é dorido.
Mas se de todo, quiseres te expressar, que cantes jardins, belezas de moral em cachos,
canteiros floridos de ética, floradas de justiça e leiras e leiras de democracia.
Não é que te queira dizer o que dizer é que aqui, ao sul do equador,
são tempos de seca, qualquer fagulha pode atear incêndios e tiranias.

Classificado no II Concurso Literário "Justiça e Igualdade Social" - São Paulo (SP) - 2015

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Poema Classificado XLIV



Fonte: bomaurelio.zip.net

Panaceia

Cuidar que se mantenha acesa a chama,
fazer brotar, da bruta pedra, a flor
e em se iludindo, se esquivar da dor,
é este o desafio inglório de quem ama.

O coração, de amor, tanto se inflama,
que nos cremos cativos deste horror, e
nesta confusão se chega a supor
ter presa, a vida, nas mãos de quem se ama.

Mas o amor (veneno) se faz alento
balsâmico lenitivo e tônico
suavizante para todo o tormento.

E não existe mal agudo ou crônico
de que o amor atuando como unguento
não suavize num espírito agônico.

Classificado no II Concurso Literário "Justiça e Igualdade Social" - São Paulo (SP) - 2015.

Poema Classificado - XLIII


Fonte: www.erasmobraga.com.br

Herança

Dentre os homens todos sou o derradeiro
a recolher a tão inútil poesia
e a deixar a terra da fantasia
intacta e livre para o meu herdeiro.

Filho que não fiz... mas tão verdadeiro,
posto que n’alma sempre lhe trazia
e nos poemas todos que fazia,
já o divisava neles por inteiro.

Este filho meu, tão inconcebido,
que na mente o tinha desde criança
dum ancestral desejo recolhido.

Este filho meu, a quem a esperança,
a paz e o bem que nela vão contidos
é o que desejo lhe deixar de herança.


Classificado no II Concurso Literário "Justiça e Igualdade Social"  - São Paulo (SP) - 2015.

Participação em Antologias - IX


ANTOLOGIA POESIA E PROSA - II CONCURSO LITERÁRIO "JUSTIÇA SOCIAL" - Organização: MARISE ANDREATTA. Em que participo com os poemas: 'DE SECAS E VERDES", "HERANÇA" e "PANACEIA".

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Poemas Classificados XLII


Foto: "Rosto na Parede"

A Negação do Amor

E antes que permitas
que eu te ame assim
em devoção agônica,
hei de desbravar terras novas
armado do sabre da curiosidade,
a aventura a me catapultar.
Invadir salões insuspeitos
profanar corpos e templos
macular o meu, ainda virgem,
em holocaustos de oferendas pagãs
que me consintam a vilania
de perder-me, antes de me danar de amor.
Deixa que colha flores mortas
e arremeta o peito
sobre rochedos e espinheiros
e que mortifique meu espírito
até sangrar,
sequioso que é de glórias românticas.
A pena bastaria se fosse poeta...
Se fosse poeta bastaria
o pergaminho e um tanto de paz
mas não o sou,
sou nada além da procura em vão
de encontrar-me para me perder.

Antes que eu me permita te amar assim...

Segundo Lugar no XXXVIII Concurso de Poesias da Edições AG - São Paulo (SP) - 2013.