Fonte: bomaurelio.zip.net
Panaceia
Cuidar que se mantenha acesa a chama,
fazer brotar, da bruta pedra, a flor
e em se iludindo, se esquivar da dor,
é este o desafio inglório de quem ama.
O coração, de amor, tanto se inflama,
que nos cremos cativos deste horror, e
nesta confusão se chega a supor
ter presa, a vida, nas mãos de quem se ama.
Mas o amor (veneno) se faz alento
balsâmico lenitivo e tônico
suavizante para todo o tormento.
E não existe mal agudo ou crônico
de que o amor atuando como unguento
não suavize num espírito agônico.
Classificado no II Concurso Literário "Justiça e Igualdade Social" - São Paulo (SP) - 2015.
Belo, simplesmente belo!!!
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