Foto: Francisco Ferreira.
Resenha – Deixe-me Entrar (Let me in em inglês)
Gênero: Terror / Drama
Lançamento: 28/1/11
Duração: 1h52’
Nacionalidade: Reino
Unido / EUA
Direção: Matt Reeves
(Cloverfield – Monstro)
Roteiro: Matt Reeves
Trilha Sonora: Michael
Giacchino (Up – Altas aventuras, Star Treck e do seriado Lost)
Elenco: Kodi
Smith-McPhee (Planeta dos Macacos: O Confronto, X-Men: Apocalipse), Chole Grace
Moretz (Carrie e O Protetor), Richard Jenkins (Jack Reacher: O Último Tiro e O
Segredo da Cabana), Elias Koteaz (O Curioso Caso de Benjamin Button e Chicago
P.D.)
Obs.: disponível na
Netflix.
Owen é um
garoto de 12 anos, solitário e atormentado por colegas valentões da escola,
além de estar num turbilhão de emoções com a separação dos pais e sua
necessidade de pôr fim ao bullying de que é vítima diariamente, quando Abby,
uma garota também de 12 anos e hábitos estranhos, se muda para a vizinhança.
Apesar dos constantes avisos de Abby, de que os dois não poderiam ser próximos,
eles acabam por se tornarem amigos, confidentes e a menina influenciando em sua
vida diária. Logo o menino percebe que está diante de alguém especial e à
medida que vão se tornando mais íntimos, terríveis segredos da vida de Abby vão
sendo revelados, tais como: sua verdadeira idade, sua alimentação e hábitos e o
senhor que mora com ela, que Owen acredita ser o pai da garota.
O filme
se desenrola praticamente apenas no período noturno, o que compromete um pouco
a fotografia, mas que empresta ao roteiro a sua carga de dramaticidade
necessária. É um filme que nos promete terror, mas que nos apresenta mais seu
caráter dramático e nos leva a diversos questionamentos, como: qual o valor de
amizade, sobretudo quando você está solitário? Que preço você está disposto a
pagar por ter alguém em quem possa confiar? É possível continuar amando alguém,
mesmo em se descobrindo fatos monstruosos ao seu respeito? Os monstros estão
fora ou dentro de nós mesmos? O roteiro vai nos dando dicas de seu desfecho,
mas sem esclarecer totalmente o seu mistério o que nos prende a atenção. E, no
final os diversos dramas de Owen e Abby, se sobrepõe à proposta de terror, o
que, por si só, já recomenda o filme. O final é característico de que terá
sequências.
As
críticas que li são altamente favoráveis, tanto de profissionais quanto de
cinéfilos, e eu as acompanho. Conforme já frisei anteriormente é um filme que
nos cativa mais pelo seu peso dramático do que pelo seu conteúdo de terror. Um
aspecto interessante – principalmente para mim, que sou saudosista - é
ambientar-se nos anos 80, uma década de excelentes músicas e costumes. O filme
reúne tudo: crimes em série de difícil solução, amizade, amor bandido, dramas
pessoais e o tema que está na moda nos últimos tempos (criaturas sobrenaturais
que convivem conosco como pessoas normais), mas sem cair nos velhos clichês. Há
algumas cenas de sangue, mas, que não chegam a ferir a suscetibilidade de
pessoas sensíveis. Eu recomendo. E recomendo muito!
Uma
semana feliz e sem dramas. Abraços!
Resenha para o filme
DEIXE-ME ENTRAR no blog DARK BOOKS, Pelotas (RS), em 25/7/17.
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