1. De onde você
é? Quando você começou a se aventurar na literatura? Sofreu influência direta
de parentes mais velhos, amigos, professores? O que aprendeu na escola o
instigou a criar textos?
Sou de Santo
Antônio do Norte (Tapera), distrito de Conceição do Mato Dentro (MG), que está
na rota da Estrada Real, criado até os 8 anos na Fazenda Boa Vista. Gosto de
crer que eu escreva desde sempre, fui alfabetizado pela minha mãe, antes dos 6
anos de idade e sempre compus as minhas histórias. Comecei a escrever poemas na
adolescência, por volta dos 13 ou 14 anos, aos 31(em 1999), participei do 1°
concurso e nunca mais parei. Na casa dos meus pais sempre se leu muito, minha
professora do 2° ano do fundamental exigia uma “composição” toda semana e, para
quem já tinha tendência, foi inevitável apaixonar-me pela literatura.
2. Você já leu
muitas obras e lê frequentemente? Que gêneros (poesia, contos, crônicas,
romance) e autores prefere?
Leio todos os
dias, já li praticamente todos os clássicos da literatura nacional e muitos
internacionais. Atualmente leio quase que apenas poesia de autores novos e
desconhecidos, onde encontro terreno fértil para a minha própria criação. Meus
autores preferidos (entre os clássicos) são Guimarães Rosa, Adélia Prado,
Drummond, Manoel de Barros – de quem sou devoto -.
3. Costuma fazer
um glossário com as palavras que encontra por aí (em livros, na internet, na
televisão etc.) e ir ao dicionário pesquisá-las?
Tenho mania de
dicionários e cadernos espalhados pela casa toda. Não só pesquiso palavras
desconhecidas, quase que instantaneamente, como coleciono frases e
curiosidades. Sou pesquisador amador de ditos e expressões populares. E
diversas vezes estes cadernos serviram-me de inspiração.
4. Há escritores
de hoje na internet (não consagrados pelo povo) que admira? Em sites, Academias
de que de repente você participa etc.
Sim, tenho! E
tenho vários e, por ter muitos, não vou nomeá-los para não cometer injustiça,
traído pela memória.
5. Você costuma
participar de antologias? Acha-as algo interessante? Participaria de uma se eu
a lançasse?
Participo de mais
de uma centena de antologias. Partindo da premissa de que “escritor que não
publica, morre”. O grande problema que vejo em algumas antologias é que,
diversas vezes, têm obras muito boas ao lado de obras de menor qualidade. Já me
ocorreu pensar: “ o que este poema meu está fazendo no meio destes outros”,
tanto no sentido de julgar o meu um pouco melhor, como um tanto pior. Mas
independente disto, continuo participando e participaria de uma antologia
organizada por você.
6. Você é membro
de Academias de Letras? Aceitaria indicações para ingressar em Academias de
Letras como membro?
Faço parte de
academias e associações de escritores e artistas no RS, RJ, SP, MG, ES e
BA. Aceitaria ingressar de bom grado.
7. Tem ideia de
quantos textos literários já escreveu? Há quanto tempo escreve
ininterruptamente?
Não. Não faço a
menor ideia, perdi muita coisa escrita e publicada, diplomas e certificados,
medalhas e troféus em duas mudanças em 2009 e 2013, com perda de pen-drives e
problemas técnicos em PCs. Creio que tenha mais obras na internet, do que ao
meu alcance. Não escrevo com a mesma regularidade, às vezes escrevo
compulsivamente, noutras faço hiatos de criação. Atualmente, tenho escrito de 2
a 3 textos todos os dias, pelo menos.
8. Você tem
dificuldade de escrever em prosa, em verso?
Eu escrevo mais
em verso, sou meio preguiçoso para a prosa.
9. Você possui
algum lugar onde publica textos virtualmente? Qual?
Publico em diversos
blogs, meus e de terceiros. Mas tenho repensado isto. Para que se tenha
visibilidade nestes blogs, tem-se que manter em dia o “toma lá, da cá”, através
de comentários nos textos dos outros e nem sempre sobra-me tempo para este
regalo.
10. Que temas
prefere escrever? Prefere ficção ou o que vivencia e vê no dia a dia?
Faço de uma frase
de Bukowski, a minha profissão de fé na literatura: “ Eu só existo. Daí, mais
tarde, eu tento me lembrar de umas coisas e coloco-as no papel”. Não acredito
na ficção total de nenhum texto. A gente escreve o que vive ou que tem vontade
de viver.
11. Aprecia
outros tipos de arte usualmente? Frequenta museus, teatros, apresentações
musicais, salões de pintura? Está envolvido com outro tipo de arte (é pintor,
músico, escultor?)
Amo artes
plásticas, leigamente; fiz teatro amador na juventude, ouço muito músicas.
12. Que retorno
você espera da literatura para si mesmo no Brasil? E a nível de mundo?
O único retorno
que espero é notoriedade, reconhecimento.
13. Você acha que
o brasileiro médio costuma ler? Acha que ele gosta de literatura tradicional ou
só de notícias rápidas e sem profundidade?
A minha
experiência como funcionário público na área de educação me leva a crer que
não. A tecnologia também influencia muito, as crianças de hoje não tem o hábito
saudável de ir a bibliotecas, de pesquisar em livros e enciclopédias. Eu tenho
cinco filhos, as duas mais velhas que nasceram antes da globalização do
computador, tablets e celulares, são leitoras frequentes, já os três mais
novos, apesar de todo o meu esforço, não o são.
14. Você costuma
registrar seus textos na FBN antes de publicá-los? Sabe da importância disso?
Sei da
importância disto, mas não tenho este hábito.
15. Já tem
livros-solo publicados? Consegue vendê-los com certa facilidade?
Ainda não.
Pretendo editar em 2017.
16. Já conhecia o
poeta-escritor Oliveira Caruso (desculpe-me. Esta pergunta é padrão para quem
participa de meus concursos literários)?
Nos conhecemos
neste ano de 2016, embora eu já tivesse “tropeçado” em seu nome em diversos
canais de divulgação.
17. Você trabalha
com literatura inclusive para aumentar sua renda ou a leva como um delicioso
hobby?
Tenho como um
delicioso hobby, embora, faça alguns trabalhos de redação.
18. Você trabalha(ou)
fora da literatura?
Sim. Sou
funcionário público estadual.
Entrevista concedida a PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA CARUSO (advogado, administrador de empresas, sonetista, trovador, quadrista, haikaísta ao estilo oriental, indrisista, aldravianista, acrosticista, poeta livre, cordelista, glosador, prosador poético, contista, cronista, redator, acadêmico Presidente da Academia Brasileira de Trovas) para o site REINO DOS CONCURSOS em 4/1/17.
http://www.reinodosconcursos.com.br/entrevista-com-francisco-ferreira-petronio