Foto: Francisco Ferreira.
Convulsão
Mundial
Há uma série de fatos que,
interligados e num mesmo momento, acontecem na história da humanidade e não é
preciso aprofundar muito para se perceber o quanto esta sucessão revoluciona e
convulsiona um país inteiro e, em algumas situações mais críticas, toda a
humanidade. Para a eclosão da I Grande Guerra contribuíram: o desenvolvimento
tecnológico (indústria de armas, avião, submarino); a queda de impérios
seculares e a instabilidade política na Europa e em consequência disto, o
surgimento de doutrinas radicais de esquerda e direita; corrida armamentista e
disputas por colônias e o nacionalismo radical. Já no caso da II Guerra, que
praticamente foi uma continuação da primeira, as causas foram praticamente as
mesmas, acrescidos da crise econômica mundial. O que vemos acontecer no mundo
nas primeiras décadas deste milênio é uma sucessão de fatos que nos leva a
preocuparmo-nos com o futuro da humanidade. Numa rápida reflexão:
Primavera Árabe –
onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo
árabe que iniciou-se em 2011 – e desestabilizou ainda mais os já conturbados
países deste bloco (Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmen e Barein). Arsenais nucleares em várias partes do
mundo, até mesmo em países em desenvolvimento, como o caso do Paquistão e do
Irã e os famosos testes de armas nucleares na Coreia do Norte, que vem tirando
o sono dos seus vizinhos na Ásia. A crise
econômica mundial, capitaneada pela dívida estratosférica dos Estados
Unidos e uma população que representa apenas 4% do total mundial mais que
consome 20% de todos os recursos do planeta. O desemprego crescente nos países da Europa, nos Estados Unidos e
no mundo como um todo, cujos índices – 850 milhões de desempregados em todo o
planeta, segundo dados de Órgãos Internacionais - só se similarisam aos da
Crise de 1929. A crise dos refugiados,
com milhares de seres humanos que chegam às fronteiras de países da Europa,
oriundos principalmente do Oriente Médio e da África, fugindo das guerras, da
pobreza e da violência e cuja solução parece inexistir. Os atentados terroristas que
se proliferam mundo à fora e que, a cada dia, tornam-se mais violentos, letais.
E, por fim, e não menos nocivo e
preocupante: governos progressistas e de tendências mais humanitárias de
tradicionais países do mundo, tem sido sistematicamente substituídos por
governantes de ideologias tradicionais, nacionalistas e que tendem a promover o
acirramento nos conflitos mundiais, como no caso de algumas ideias do
presidente Donald Trump: de “(...)
ampliar o poder militar dos EUA, afirmando que o país sob seu governo se
tornaria tão poderoso e ameaçador que não sofreria ameaças de absolutamente ninguém.
O candidato defende a adoção de táticas de tortura e diz que poderia aprovar
técnicas mais duras (...)”. Quem precisa de mais ameaças e retaliações no
mundo atual?
Faço minhas as palavras do Papa
Francisco quando bem diz que: “O perigo
em tempos de crise é que busquemos um salvador que nos devolva a identidade e
nos defenda com muros.” E que Deus tenha muita piedade de todos nós.
http://oceanonoturnodeletras.blogspot.com.br/2017/01/coluna-fiel-da-balanca_23.html
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