Córrego do Ginásio. Foto: Francisco Ferreira.
Resenha – O Canal – O Mal Está lá Dentro (The
Canal em inglês)
Lançamento: 2014
Duração: 1h33’
Nacionalidade:
Irlandesa / Britânica
Direção: Ivan Kavanagh
(Prêmio de Melhor Drama no PORTOBELLO FILM FESTIVAL de Londres em 2007 com o
filme A SOLUÇÃO)
Roteiro: Ivan Kavanagh
Trilha Sonora: Ceiri
Torjussen
Elenco: Rupert Evans
(Hellboy – 2004), Antonia Campbell Hughes (Brilho de uma Paixão – 2009), Kelly
Byrne (Out of Here – 2013), Steve Oram
Obs.: disponível na
Netflix.
Quando o
casal David (Rupert Evans) e Claire (Antonia Campbell Hughes) se muda para sua
nova casa, o casamento que lhes parecia feliz entra em crise e David descobre
segredos de sua mulher – que já o vinha traindo há algum tempo – neste interim,
ele que é arquivista de filmes antigos, descobre um rolo de filmes de 1902 que
mostra uma série de assassinatos acontecidos na casa onde moram (o antigo
morador assassina a esposa infiel, a babá, os filhos e se mata em seguida). E,
em meio a este turbilhão de emoções, tudo leva a crer que a história se
repetirá. É um filme carregado de suspense, mistério e terror, com uma série de
aparições e o que é interessante é a obsessão e a teimosia de David em
continuar vivendo na casa, mesmo depois da morte da esposa, sem se importar com
os perigos iminentes que ele, o filho Billy e a babá Sophie estão sujeitos.
As
locações e a fotografia foram muito bem escolhidas pelo diretor Ivan Kavanagh e
se prestam perfeitamente a emprestar o clima lúgubre e assustador a que o filme
se propõe. O Canal é um filme que nos prende à frente da tela uma vez que, além
do terror em si, ele nos aguça a curiosidade em desvendar o que realmente se
passa, se quem comete os assassinatos é de fato o fantasma da casa ou se foi
David, influenciado pelos filmes e devido a traição da esposa. Outro detalhe
interessante focado no filme é a dificuldade que os casais têm em lidar com a
questão de um maior sucesso profissional da mulher. Notoriamente a crise do
casamento é motivada por este fator, sendo a traição, apenas uma consequência
disto.
Dos
críticos, 75% o consideraram entre bom e regular e é como eu o classifico
também. Embora, eu, particularmente, não goste de filmes de terror ou suspense
que tenham crianças como personagens, neste caso, especificamente, o menino
Billy não é tão afetado pela atmosfera dos acontecimentos ao seu redor,
mantendo a inocência em relação aos fatos, mas peca, no meu entender, quando a
criança desabotoa o cinto de segurança, abre a porta e cai do carro, atendendo
ao pedido do espírito atormentado de seu pai, para permanecer na casa com ele e
a esposa. Uma cena muito forte e de terror de fato é quando o fantasma de
Claire dá a luz nos esgotos ao bebê que ela esperava. Para quem gosta do gênero
Terror é plenamente recomendável.
Uma ótima
semana a todos nós e que nos mantenhamos sãos, apesar dos filmes antigos.
Publicação de minha resenha semanal no blog DARK BOOKS de Pelotas (RS) para o filme: O CANAL, em 18/7/17.
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