Flor Silvestre. Foto: Francisco Ferreira.
Poeta
Concebo-me
ser inteiro
em
única palavra
dita
ao relento
num
beco escuro e frio.
Nasço
de tua voz
em
evocação às sombras
de árvores
despidas
grafitadas
nos muros sujos
da
cidade invernosa.
Cresço
se praguejas à sorte
à
sina, ao destino, à falta
que
o acalento faz
em
tua alma assustada
de
menina travessa.
Vivo
em tua poesia gauche
quebrada,
aviltada em letras
inelegíveis
das fachadas
de
teus edifícios sonho.
Matam-me
porém as letras frias
de
palavras sem vida do matutino
que
envolve o corpo morto
que
atravanca o trânsito.
Classificado para a antologia LOGOS – N.º 24 – janeiro/2017, da EDITORA FÊNIX
(Lisboa – POR), em 31/1/17.
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