Poças. Foto: Francisco Ferreira.
Desalento
No teu leito de esgoto
fluxo fétido e
constante, é raro alterar-se
em tuas margens,
fluxos outros
correm céleres,
desaceleram... até parar.
Buzinas
marginais
rascam
imundícies íntimas
acordando
fantasmas de peixes
assustando
ratos.
Desce lento, Rio Morto
rio esgoto e sem
portos
trilha
sertão-via-mar.
Em afluentes te
purificas
oxigenando-te o
vagar.
Vargens, pontes,
vagalumes
até as vagas do
mar.
Vai-te embora Doce, Manso
Velho Chico,
Paraopeba...
Vai-te embora te
lavar.
Publicação na revista ESCRITORES – n.º 267 – Ano XXIII – do CLUBE DE
ESCRITORES DE PIRACICABA (SP) – pag. 25 – col.01 - em 21/2/17.
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